Café na Madrugada com a Política

Eleição sem política - Marco Antonio Villa
Folha de São Paulo


Como um aluno relapso, a oposição faltou justo na hora da prova, a eleição
Ganhar eleição é uma possibilidade, fazer política é um imperativo. O Brasil poderá com esta campanha inaugurar uma nova forma de pleito presidencial: sem debate, sem polêmica, sem divergência e sem oposição.

Nas últimas cinco eleições tivemos disputa em três delas. Mas disputa mesmo, só em 1989. Em 1994 e 1998, FHC venceu Lula facilmente, as duas no primeiro turno.

Em 2002 e 2006, Lula foi como franco favorito para o segundo turno. Eu esperava que teríamos uma eleição diferente em 2010: sem Lula e com oposição que transformasse o pleito em um momento de amplo debate nacional.
Rotundo equívoco. Lula é candidatíssimo, aparece mais que Dilma. E pior: a oposição não apareceu ao encontro marcado. Como um aluno relapso, faltou justamente no momento da avaliação, a eleição.

TSE cassa deputado federal por infidelidade partidária- por Erich Decat

Por decisão unânime, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram cassar o mandato do deputado federal Rodovalho (PP) por infidelidade partidária.
O deputado - que tenta a reeleição em outubro - deixou o DEM em setembro de 2009 e migrou para o PP.
O pedido de cassação foi feito dois meses depois pelo primeiro e o segundo suplentes Izalci Lucas e Osório Adriano.
No caso de Lucas, ele perde o direito de assumir o cargo por também ter sido infiel e migrado para Partido da República (PR).
Segundo os suplentes, Rodovalho alegou inicialmente que deixaria o DEM para participar da criação de outro partido, o PSR. O que no final não aconteceu e ele acabou migrando para o PP.
Apesar da cassação, Rodovalho ainda pode recorrer da decisão.


O forte calor em Rondonópolis (205 km ao sul de Cuiabá, no Mato Grosso) atrapalhou a programação da candidata do PT, Dilma Rousseff.
Ela reclamou de um mal-estar quando desfilava em carro aberto, um jipe, sob um forte sol e calor de 35 graus, foi transferida para um automóvel com ar condicionado, mas, mesmo assim acabou desistindo de acompanhar até o fim a carreata que percorreu as ruas centrais e bairros da cidade.
A candidata petista evitou o contato com a imprensa, mas assessores e lideranças do PT local minimizaram o fato. Segundo eles, o problema foi superado com um banho frio na casa do ex-governador e candidato ao senado, Blairo Maggi (PR), onde Dilma almoçou.


Dilma pode deixar de ir a debates -Ricardo Noblat
À frente nas pesquisas, Dilma deve rever participação em debates eleitorais. Campanha quer evitar que candidata seja bombardeada por críticas
Agência Estado
A coordenação da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) começou a avaliar a participação da candidata nos próximos debates. A percepção é de que o excesso de exposição pode prejudicar seu desempenho na disputa.


PGE manifesta-se contra candidatura de Roriz no DF -Erich Decat
O procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer contrário ao registro da candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao governo do Distrito Federal (DF).
A manifestação de Gurgel ocorre após Roriz recorrer da decisão do TRE-DF que no início de agosto rejeitou o registro da candidatura.

Comentário
Lula sem censura -Ricardo Noblat
Do alto de sua gigantesca aprovação e a essa altura convencido de que fez seu sucessor, Lula permite-se o luxo de dizer qualquer coisa que lhe venha a cabeça. Nada tem a perder. E nada perde com o que diz.
Esta tarde, por exemplo, ao sancionar a lei que amplia os poderes do Ministério da Defesa, ele disse em tom de brincadeira que poderia ter sido enviada ao Congresso "uma emendinha" à Constituição garantindo-lhe mais alguns anos no cargo.
A brincadeira traiu um sonho que ele de fato alimentou.

TSE: Jingles da campanha de Serra não ridicularizam Dilma -Erich Decat
Pelo placar de 6 a 1, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenderam que o jingle usado pela coligação de Serra - em que questiona a origem da adversária Dilma (PT) - é apenas “uma crítica normal”.
O julgamento foi feito com base na representação dos advogados de campanha de Dilma que alegam que as músicas ridicularizam a candidata.
Trechos do jingle que foi contestado diz: “Ninguém sabe de onde veio / Ninguém sabe o que ela fez / Mas diz que é dona de tudo / O Brasil inteirinho foi ela que fez / Dona Dilma pega leve / Que o povo tá reparando / Tira a mão do trabalho do Lula / Tá pegando mal / Que o Brasil tá olhando / Tudo que o Lula criou / Ela diz "fui eu, fui eu"...”

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