Crédito farto e consumo decidem o voto do eleitor

Maria Fernanda Delmas, O Globo
Salvo surpresas no caminho, é a economia que está decidindo a eleição.
Economia?
Mais precisamente o poder de consumo, dizem especialistas.
Crédito farto, facilidade de compra de imóveis, emprego e renda em alta, ganho do salário mínimo e Bolsa Família fazem a cama para a candidata do PT, Dilma Rousseff, disparar nas pesquisas.
Cheio de bens em casa, o eleitor não pensa em problemas coletivos, como saúde ou transporte. E liga menos ainda para questões mais abstratas, como a situação fiscal.
Ao longo desta semana, O GLOBO mostrará por que o consumidor está feliz. Como dizia James Carville, estrategista da campanha vitoriosa de Bill Clinton à Presidência dos EUA em 1992: "É a economia, estúpido!"
- Consumo é o motor dessa euforia. Só entre dezembro de 2008 e o mês passado, o crédito à pessoa física nas modalidades mais comuns (exceto imobiliário) subiu 35%, de R$ 275 bilhões para R$ 370 bilhões - isso é quanto os consumidores estão devendo ao sistema financeiro hoje. Sobre os R$ 74,4 bilhões de dezembro de 2002, o avanço é de 396%, bem além da inflação, de 52%.
- As pessoas estão votando com o bolso. Estão consumindo mais numa proporção não vista há 30 anos - afirma o economista Claudio Frischtak.

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