“O QUE NÃO É FALADO” ESTREIA NO GLOBE-SP COM ENTRADA FRANCA

TEATRO
DIA 3 DE DEZEMBRO "O QUE NÃO É FALADO "

traz três textos curtos de Tennesse Wiliams, mestre do realismo psicológico americano, e grande influência para toda a dramaturgia contemporânea. Nestas três histórias, Tennesse revela a dificuldade que cada um de nós enfrenta em conseguir ser Si mesmo.

Neste mundo tão formatado por regras e padrões externos rígidos, que não apenas tolhem a expressão individual mais pura e bela, mas também nos afasta de quem somos, nos perdemos de nossos desejos e de nossa identidade. Se cada história revela um cenário distinto, o ponto em comum está na busca por uma saída. E qual seria? Apenas uma catástrofe pode nos libertar? Apontado por diversos estudiosos como um dramaturgo realista nunca se separou da essência universal do trágico, Tennesse supera a barreira do tempo e do espaço e nos toca hoje ainda fortemente. A montagem que estréia no Globe-SP em 3/12 traz uma história inédita no Brasil, Demolição na Cidade, traduzida especialmente por Marcos Daud, além dos textos consagrados Esta Propriedade Está Condenada e Algo Que Não É Falado.

Em sintonia com o que se pesquisa contemporaneamente em teatro pelo mundo, a direção de Priscilla Carvalho é econômica em recursos, privilegiando o jogo vivo dos atores em cena. Sem marcação prévia, os atores movem-se motivados apenas pela necessidade do momento presente, fazendo com que cada espetáculo seja único.

“AS TRÊS IRMÃS”
(De Anton Tchekhov / Direção - Ramiro Silveira)

ESTREIA DIA 3 DE DEZEMBRO NO GLOBE-SP COM ENTRADA FRANCA

Sobre o espetáculo - Três irmãs envolvidas num universo inerte, onde todos parecem esperar que algo maravilhoso aconteça, algo que mudará suas vidas. As irmãs – Olga, Macha e Irina – têm um sonho: voltar para Moscou, onde moravam quando meninas e onde foram muitos felizes. Durante a peça, este sonho fica cada vez mais distante de se tornar realidade, a existência provinciana impede esta família de agir e assim caminham para um destino ao qual todos parecem estar condenados.
O marasmo desta casa é abalado com a chegada do novo comandante de bateria da cidade, Verchinin, que serviu junto ao pai das irmãs, em Moscou, quando elas ainda eram apenas crianças. Olga, Macha e Irina têm um irmão, Andrei, que se casa com Natacha, uma mulher mesquinha que, pouco a pouco, domina a casa.
Ele, entediado com a vida, se rende ao vicio do jogo, passa a perder dinheiro e se reduz a um simples funcionário de província; Olga não vê chances de se casar; Macha e Verchinin, ambos desencantados e infelizes com os respectivos casamentos, se apaixonam; e Irina depois de altos e baixos, mantém a esperança pelo futuro e o trabalho.
O peso da inércia é mais forte que a vontade de mudar. O conformismo e a falta de opção encerram a história, deixando tudo como estava. Verchinin vai embora; Olga aceita o cargo que não queria, Irina perde o noivo em um duelo, Macha ainda está casada com o mesmo marido, a quem não ama e Andrei, continua dominado por Natacha. Mas, mesmo assim: “É preciso viver”.

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