Um problema inesperado para Alckmin: o grupo tucano critica corte de Paulo Renato

Carlos Fehlberg

Apesar de um pedido de FHC, novo governador não manteve o secretário
Paulo Renato Souza, não foi confirmado na Pasta de Educação em São Paulo e reassumiu o mandato de deputado federal. Ele foi ministro de Fernando Henrique e secretário de Serra. O ex-presidente havia feito o pedido a Alckmin, num almoço há cerca de 15 dias, mas o futuro governador resolveu trocar o titular da pasta e o ex-presidente só soube pelos jornais. Paulo Renato foi também secretário de José Serra na Prefeitura de São Paulo em dois mandatos.
Renato fala na Câmara
"É preciso pensar como verdadeiros estadistas: resistir tenazmente ao populismo e corporativismo que grassam no setor educacional." Desta forma, ao reassumir seu mandato na Câmara, Paulo Renato Souza começou seu discurso. Sua intervenção era aguardada com certa preocupação pela equipe do governador eleito Geraldo Alckmin. Em pouco mais de oito minutos, Paulo Renato apontou suas ações à frente da pasta e elogiou o ex-governador José Serra. "O governo Serra realizou a maior transformação de que se tem notícia em nosso país na área da Educação", declarou. E apontou a vinculação do bônus de funcionários e professores às metas traçadas, a avaliação de professores e a redefinição da carreira do professor como medidas positivas da gestão. Finalmente defendeu o aumento de investimento público na Educação e da remuneração dos professores.

Orçamento de Dilma
Dilma Rousseff vai começar o governo com um orçamento de investimentos. O total para projetos de infra-estrutura em 2011 é dos maiores dos últimos anos. Segundo a proposta final do projeto orçamentário serão destinados R$ 171 bilhões para as estatais e os ministérios executarem obras e comprarem equipamentos, incluindo obras do PAC. A proposta manteve o salário mínimo em R$ 540.

Mas uma advertência...
Sobre Orçamento, porém, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, esteve no Palácio da Alvorada, dizendo que foi alertar o presidente Lula sobre a possibilidade dele não ser aprovado este ano no Congresso. Lula estava preocupado com o PAC. Mas para Paulo Bernardo, "Ninguém vai morrer se não for aprovado o Orçamento", ressaltando que o ideal era que isso ocorresse agora. "Se o Congresso aprovar ainda este ano, é evidente que é melhor, porque fica tudo resolvido. Se não aprovar, eu tranquilizei o Presidente, dizendo que a presidente Dilma não vai ter um trauma. Nós vamos poder executar as despesas obrigatórias e os investimentos que já estão previstos, principalmente no PAC 1. Pode haver atraso, sim, nos investimentos do PAC 2", esclareceu.

Novo ministro
O deputado Luiz Sérgio foi convidado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais. Vai para o lugar de Alexandre Padilha, requisitado para o Ministério da Saúde. Dilma ainda pretende retomar as negociações com o PSB. Ontem, a presidente eleita esteve com Fernando Bezerra Coelho, que deve ir para o Ministério da Integração Nacional. Dilma vai se reunir também com o prefeito de Sobral, Leônidas Cristiano, indicado do partido para o Portos e Aeroportos, o que praticamente tira Ciro do ministério.

Comentários

Postagens mais visitadas