PSDB começa cedo a debater uma nova estratégia partidária


Carlos Fehlberg


que tem sua origem em Minas não sai da agenda tucana

Aos poucos a tese de reexame da estratégia do PSDB vai sendo retomada. Agora é o governador de Minas, Antonio Anastasia, quem levanta o problema e usa entre outros um argumento forte: as três sucessivas derrotas do Partido, após oito anos de poder com Fernando Henrique. Só isso bastaria para reflexões, admite ele.
E, é claro, levanta o nome do seu antecessor e hoje senador Aécio Neves. Mas não se limita a nomes, propõe um aprofundamento da posição partidária. Começa, assim, cedo o movimento ensaiado por Aécio no último ano de governo em Minas para uma reavaliação da postura tucana.
dos caminhos à época proposto foi a realização de uma prévia nacional para escolha do candidato. Nela se aprofundaria o contato com as bases, antes mesmo da campanha, sentindo suas reivindicações, o que parecia um caminho natural. Não obteve êxito, até porque a proximidade do pleito e as posições já lançadas eram fatores adversos
Daí o ressurgimento de uma nova proposta, em outros termos. Afinal, o partido tucano vem de três derrotas sucessivas, duas com José Serra e uma com Geraldo Alckmin, logo o aprofundamento do debate começaria a ser reaberto num momento sem disputas, longe de pleitos e por isso mesmo capaz de enfrentar menos dificuldades internas.

A nova fase tucana tem Aécio em evidência
Exemplos

Para setores do PSDB a revisão é imperiosa diante do cenário adverso. Um outro forte partido nacional, o PMDB, passou por algo semelhante e pagou por isso. Apesar da estrutura nacional de que dispõe, não soube enfrentar as crises internas, nem mesmo nos anos em que a queda de Ulysses Guimarães tinha dado sinais. Optou por transformar-se numa linha auxiliar importante de outros partidos, indicando o candidato a vice, ora de Serra (Rita Camata), ora de Dilma. Claro que o Partido dispõe de uma estrutura nacional respeitável, mas depois dos insucesso eleitoral com candidato próprio em 1989 não se arriscou mais, preferindo avançar com presença forte numa chapa aliada, mas visando a máquina administrativa.

É um exemplo de como a falta de unidade e a ausência de uma estratégia nacional comprometem o papel reservado aos grandes partidos. Para isso, é claro, também contribuíram as dissidências e divisões internas, um fantasma que também ronda a agremiação tucana.

A diferença

Lula perdeu três eleições seguidas ( 89, 94 e 98) e Serra duas (2002 e 2010). A diferença, porém, reside no fato de que Lula foi construindo um partido novo que não tinha a estrutura nacional desejada. Já as candidaturas de Serra vieram depois dos dois mandatos de Fernando Henrique .

Comentários

  1. Serra está morto e enterrado, procurando um lugar para deitar. O tempo passa, o tempo voa, e daqui a quatro anos, sem cargo executivo ou legislativo,ele estará condenado ao esquecimento do povo.Age como um vitorioso, quando, se não fosse o fator Marina, sequer teria chegado ao segundo turno. É responsável por uma oposição canina que já levou o DEM para o buraco, e que levará para o mesmo lugar o PSDB, se lhe derem ouvidos. A grande liderança do partido é Aécio Neves. Ele pode se transformar em uma alternativa a Dilma, sem fazer uma oposição odienta, que, como único resultado, promoveu o renascimento da extrema direita - minoritária, porém raivosa - no Brasil.

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