Maracatus e a Noite dos Tambores silenciosos

cerimônia
Maracatus se reúnem para Noite dos Tambores Silenciosos em Olinda
JC Online
Na cerimônia, os maracatus pedem proteção aos seus ancestrais para o Carnaval
Foto: arquivo / JC Imagem

Várias nações de maracatus se reúnem nesta segunda-feira (28), em Olinda, para louvar a Virgem do Rosário, padroeira dos negros, e reverenciar os ancestrais africanos, que sofreram durante a escravidão no Brasil. A cerimônia da Noite dos Silenciosos começa às 19h, nos Quatro Cantos, seguindo em cortejo até o Largo do Rosário, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Durante o percurso, cânticos, tambores e danças afro-brasileiras.


À meia-noite, uma onda de silêncio tomará conta das ladeiras. Neste momento, os maracatus pedem proteção aos seus ancestrais para o Carnaval. Logo após, as escadarias da igreja são banhadas com perfume. A cerimônia contará com a participação dos maracatus Leão Coroado, Nação Badia, Camaleão, Axé da Lua, Nação de Luanda, Maracambuco, Nação Pernambuco e Estrela de Olinda.

Como convidados, o Porto Rico e o Estrela Brilhante.
A Noite dos Tambores Silenciosos acontece pelo sétimo ano na Cidade Alta. A ação é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Olinda , Associação dos Maracatus e o Grupo Cultural Maracatudo Camaleão.

HISTÓRIA - Durante a escravidão, as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário foram o único espaço reconhecido institucionalmente como dos negros e eram nelas que eles formalmente se expressavam. Vieram depois os maracatus, nascidos em Casas de Matriz Africana e os laços e a mística permaneceram, mantendo a fé e o respeito por um espaço de expressão.

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