Líder do PSDB quer explicações e o líder do DEM pede cassação dos direitos políticos à Procuradoria

Carlos Fehlberg -Brasilia


Ministro da Integração fala no Senado sob pressão da oposição

O líder do PSDB, Álvaro Dias, protocolou o terceiro pedido para que o ministro da Integração dê explicações durante o recesso parlamentar. Mas diz que não está preocupado com a blindagem governista. "A base governista fará louvação ao ministro, mas nossa obrigação é colocar o mal à luz para que a sociedade faça seu julgamento".

Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra/Foto: Antonio Cruz/ABr

Na representação que protocolou na Procuradoria Geral da República contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres, pede enquadramento do ministro como determina a Lei de Improbidade Administrativa em relação a agentes públicos condenados por manipular o dinheiro do contribuinte ilegalmente. O líder do DEM anexou à representação informações do governo mostrando que o ministro favoreceu Pernambuco com 90% das verbas de sua Pasta destinadas à prevenção de desastres naturais no País. Há também dados indicando que o ministro liberou 99% das emendas individuais de seu filho e que também burlou a Lei de Nepotismo e o decreto presidencial no mesmo sentido. Está anexada, ainda, cópia do Diário Oficial mostrando que, 21 dias depois de assumir o cargo, Clementino Coelho - irmão do ministro - passou a ocupar a presidência interina da Codevasf.

Álvaro Dias: “A nossa obrigação é colocar o mal à luz para que a sociedade faça seu julgamento".

Cassação
Demóstenes vai mais longe e diz que está pedindo a substituição do ministro para que com isso ele perca a função pública de ministro, que ele seja exonerado e condenado a indenizar todos os prejuízos causados”, afirmou Torres.

Segundo o senador, o ministro “não pode beneficiar suas bases eleitorais causando transtornos para o resto do Brasil. E minimizou o fato de Bezerra ter se comprometido a ir ao Congresso para falar sobre as denúncias: “Isso não significa nada. Já vi ministro corrupto sair daqui aplaudido e no outro dia ser exonerado pela presidente. O fato de dar explicações, especialmente a uma comissão representativa do Congresso, totalmente esvaziada, é mais um palanque”, disse.

O presidente do Senado, José Sarney, convocou a comissão representativa do Congresso. Apesar das convocações, a Mesa Diretora do Senado informou que houve um acordo entre o presidente do Senado e Fernando Bezerra para que o ministro compareça espontaneamente.

Pressões
Senador Alvaro Dias concede entrevista/Foto: Geraldo Magela / Agência Senado


Ontem líder do PSDB, Álvaro Dias, protocolou o terceiro pedido para que o ministro dê explicações durante o recesso parlamentar. Mas diz que não está preocupado com a blindagem governista. "A base governista fará louvação ao ministro, mas nossa obrigação é colocar o mal à luz para que a sociedade faça seu julgamento".

Na representação que protocolou, na Procuradoria Geral da República contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres, pede que o ministro tenha os direitos políticos cassados pelo prazo de oito anos, além de ficar proibido de ocupar função pública, como determina a Lei de Improbidade Administrativa em relação a agentes públicos condenados por manipular o dinheiro do contribuinte ilegalmente.


O líder do DEM anexou à representação informações do governo mostrando que o ministro favoreceu Pernambuco com 90% das verbas de sua Pasta destinadas à prevenção de desastres naturais no País. Há também dados indicando que o ministro liberou 99% das emendas individuais de seu filho e que também burlou a Lei de Nepotismo e o decreto presidencial no mesmo sentido. Está anexada, ainda, cópia do Diário Oficial mostrando que, 21 dias depois de assumir o cargo, Clementino Coelho - irmão do ministro - passou a ocupar a presidência interina da Codevasf.

Afif articula
O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, defende a aproximação de seu Negritopartido com o PT, uma vez que os tucanos não avançam nas negociações com a sigla sobre a sucessão do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.


Defensor da manutenção da aliança com o PSDB, o vice-governador reclamou da insistência dos tucanos em impor na negociação com o PSD um cabeça de chapa. "Eles querem já partir com um nome na mesa. Esse não é o caminho", diz Afif, que considera o "caminho" para um acordo com os tucanos seria primeiro discutir a aliança e depois buscar os nomes para a candidatura. "Dentro desta visão, se há tendência de imposição de nomes, o PSD pode buscar alternativas. O PSD não está órfão. Se não tem um caminho, tem outro", frisou.

Afif contou que, na visita a Lula no Hospital Sírio-Libanês, Kassab e o ex-presidente não resistiram ao tema político durante a conversa informal. "A pergunta foi: como é que a gente pode estar juntos?", disse sem revelar de quem teria partido a proposta.

Avaliação de Dilma
O governo da presidente Dilma Rousseff foi melhor avaliado que o dos antecessores Lula e Fernando Henrique Cardoso ao final do primeiro ano de seus respectivos mandatos, informou pesquisa Ibope. Ela tem 56% de ótimo ou bom na avaliação popular , enquanto Lula exibiu 51% em 2007 e 41% em 2003 nos primeiros anos de cada um de seus dois mandatos no Palácio do Planalto. O governo Fernando Henrique teve 17% de aprovação em 1999 e 43% em 1995, em uma comparação semelhante, de acordo com a sondagem que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 142 municípios brasileiros entre os dias 2 e 5 de dezembro.

O desempenho pessoal de Dilma também teve aprovação superior às dos dois antecessores após um ano no cargo. Ela teve 72%, enquanto Lula somou 65% em 2007

No Haiti
A presidente Dilma Rousseff se prepara para visitar o Haiti no próximo dia 1º. Em conversa com o presidente haitiano, Michel Martelly, Dilma revelou seu desejo de ir a Porto Príncipe, capital do país. Na visita, a presidenta pretende intensificar a cooperação brasileira, ampliando as parcerias nas áreas de saúde em conjunto com Cuba, agricultura, capacitação profissional e o apoio à construção da usina hidrelétrica sobre o Rio Artibonite, no Sul do país. A visita será emblemática, pois ocorre no momento em que o Haiti – o país mais pobre das Américas – enfrenta ainda dificuldades de reconstrução causadas pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010, quando morreram mais de 220 mil pessoas, e o agravamento da epidemia de cólera.

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