Pesquisadores não resistem ao papel evolutivo do nojo



Por James Gorman, The New York Times News Service/Syndicate

O nojo é a Cinderela das emoções. Enquanto o medo, a tristeza e a raiva, suas irmãs más e espalhafatosas, arrebatam a atenção dos psicólogos, o coitado do nojo tem sido escondido num canto, largado nas cinzas.

Mas isso não vai mais acontecer. O nojo tem agora seu lugar ao sol, pois pesquisadores estão descobrindo que ele faz mais que causar aquela sensação de enjoo. Ele protege os seres humanos de doenças e de parasitas, e afeta quase todo aspecto das relações humanas, do romance à política.

Numa série de novos livros e num fluxo consistente de trabalhos científicos, pesquisadores têm explorado a evolução do nojo e seu papel em atitudes frente a alimentação, sexualidade e outras pessoas.

Paul Rozin, psicólogo que é professor emérito da Universidade da Pensilvânia e pioneiro da pesquisa moderna sobre nojo, começou a estudá-lo com alguns colaboradores nos anos 1980, quando o nojo não era uma temática importante.

"Ele era sempre a outra emoção", diz Rozin. "Agora é um tema quente."

O que não quer dizer que agora vai usar sapatinhos de cristal _ o que talvez seja melhor, pensando nos caminhos a serem percorridos. De todo modo, seu alcance leva o nojo para além dos domínios do podre e dos excrementos.

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