Debate no PSDB continua, mas Alckmin garante que é cedo para definir candidato.

Sucessões desde a 1ª eleição direta mostram vantagem PT/PSDB


Foi surpresa em 1989 com Collor. Depois predominam os dois partidos e alianças.
PSDB de FHC enfrenta o PT de Lula Restabelecidas as eleições diretas a partir de 1989, apenas no primeiro confronto vencido pela chapa Fernando Collor/Itamar Franco, as demais disputas envolveram sempre PSDB e PT. Vitórias tucanas em 1994 e 98 com Fernando Henrique e petistas com Lula em 2002, 2006 e Dilma Rousseff em 2010, o que mostra o crescimento do PT a partir dos últimos dez anos e o declínio tucano. Ao mesmo tempo a constatação de que a forte estrutura do PMDB não foi além de vice-presidência no governo Dilma.

 Antes a vice ficou com o PFL de Marco Maciel, no período FHC e José Alencar na fase de Lula. O PMDB mais próximo do PT acabou chegando à vice-presidência com Michel Temer e deve mantê-la, a julgar pelas conversações e bom entendimento na disputa de 2014. Na oposição é difícil fazer uma previsão, na medida em que a própria disputa pelo cargo maior, ainda constitui dúvida. O fato novo corre por conta da projeção do governador Eduardo Campos, do PSB. Ele circula bem e tem diálogo tanto com a presidente Dilma assim como o provável candidato tucano, Aécio Neves. Pode ser uma surpresa concorrendo em faixa própria, mas em geral costuma desconversar sobre projetos futuros, mantendo proximidade com o Planalto e algumas importantes lideranças da oposição.

Ideli Salvatti: “O governo tentará mobilizar novos prefeitos para acelerar medidas para o Brasil alcançar os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.”

Prefeitos eleitos com Dilma
A presidente Dilma Rousseff, acompanhada de sua equipe ministerial, recepcionará em Brasília no fim deste mês, entre os dias 28 e 30, os novos prefeitos empossados este ano. A oportunidade vai permitir uma orientação aos novos gestores sobre as parcerias entre governos federal e municipal, uma prática que já vem de outros governos. O governo federal poderá também apresentar, nessa ocasião, dados atualizados de alguns de seus principais programas. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, admite que o governo tentará mobilizar os novos prefeitos para que o país acelere a execução das medidas para o Brasil alcançar os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. A instituição dessas metas resultou de um compromisso firmado por 189 países, em setembro de 2000, para combater a extrema pobreza e outros problemas sociais e ambientais.

Senado: novo presidente
O novo presidente do Senado será escolhido no dia 1º de fevereiro, em reunião preparatória marcada para as 10 horas. A informação foi confirmada pela secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra. Segundo ela, é provável que o presidente eleito convoque logo uma nova reunião, destinada à eleição dos demais membros da Mesa Diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes. Na segunda-feira seguinte, será a vez de a Câmara fazer a eleição de seu presidente, também às 10 horas. Para as 16h já está marcada a sessão conjunta na qual o Congresso Nacional oficialmente abrirá os trabalhos legislativos do ano de 2013.

Mantega e Miriam Belchior devem depor
Ministros convocados
O deputado Carlos Sampaio entregou à Mesa do Senado requerimento para que os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, sejam convocados a prestar esclarecimentos sobre as medidas contábeis adotadas para alcançar a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de 2012. As explicações seriam dadas à Comissão Representativa do Congresso, uma vez que Câmara e Senado estão em recesso. Mas é necessário que o presidente do Congresso, José Sarney, convoque a comissão para que vote o requerimento.

Lançamento prematuro de Aécio Neves à presidência em 2014 e a reação inesperada de José Serra movimentam lideranças tucanas

Debate no PSDB continua, mas Alckmin garante que é cedo para definir candidato.  
Aécio atrapalha os planos de José Serra
Em meio às movimentações registradas nos últimos dias no PSDB que envolvem o fortalecimento de Aécio Neves com o apoio de Fernando Henrique que atraiu o grupo conhecido como os “pais do real”, para assessorá-lo, além da reação de José Serra que começou a admitir também a possibilidade de uma candidatura, o governador Geraldo Alckmin, entrou no debate. No seu entender que ainda é cedo para o PSDB definir uma candidatura à Presidência da República... Numa posição que difere de lideranças tucanas que já se posicionaram em defesa de Aécio Neves. Para Alckmin 2013 é o ano onde os pré-candidatos devem percorrer o país e planejar as plataformas. Uma posição, porém, ele já deixou clara: defende prévias para escolher o próximo candidato tucano. Algo que contrasta com toda movimentação que incluiu no esquema de Aécio Neves os “pais do Real”, partindo do princípio de que já existe o candidato.
Para o governador paulista, aliás, 2013 é o ano de pré-candidatos ouvirem a população, percorrerem o Brasil e discutirem os temas do país. E ainda sugere: “entendo que a definição de candidato não precisa ser agora. É muito cedo. Faltam quase dois anos", diz o governador. Alckmin também pretende reformar as secretarias atraindo partidos que possam ser futuros aliados.

PPS entra no jogo
A Executiva Nacional do PPS vai também discutir alternativas eleitorais para 2014 incluindo o nome do tucano José Serra que já teria admitido a possibilidade de concorrer em 2014. O presidente do PPS, Roberto Freire, não perdeu tempo e disse que o Partido está aberto a Serra, Marina Silva e qualquer líder que se enquadre no projeto. Marina, aliás, projeta atrair para o novo partido parlamentares que já teriam se mostrado alinhados com seus novos planos Um partido terá de sair do papel até outubro para poder concorrer.

Um novo lance
Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, no entanto, "Aécio deve ser ( também) o presidente do PSDB", alicerçando sua campanha para Planalto. E adverte que o PPS não oferece estrutura para uma campanha presidencial. Assim sem palanque sólido, Serra correria o risco de desaparecer na corrida presidencial, se isso acontecer. A figura de maior expressão no PSDB que estimula a candidatura Aécio Neves é a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Além de defender uma definição imediata, o ex-presidente também tem aberto caminho para os encontros de Aécio Neves com os economistas, acadêmicos e empresários.

Geraldo Alckmin: “Entendo que a definição de candidato não precisa ser agora. É muito cedo. Faltam quase dois anos".

O histórico
Um retrospecto das candidaturas tucanas à Presidência mostra que o Partido nem sempre enfrentou cisões internas, embora tenha vivido alguns momentos de descontentamento. Mário Covas foi o primeiro e natural candidato em 1989, na primeira eleição direta após o regime militar e que foi vencida por Fernando Collor.
Depois vieram Fernando Henrique fortalecido pelo Plano Real em 1994 e 98, inaugurando o processo de reeleição. José Serra aparece em 2002, mas sem êxito, perdendo para Lula. Geraldo Alkimin em 2006, sendo novamente derrotado pelo mesmo Lula no segundo turno. Serra volta em 2010 e perde para Dilma Roussef. Tirando apenas Fernando Henrique os demais exerceram funções políticas e administrativas em São Paulo como prefeito ou governador, o que transformou o estado na grande base partidária.

PSD de Kassab pode virar base
PSD no governo
O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, abriu oficialmente, em reunião da Executiva nacional da legenda, a consulta sobre o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Kassab revelou que a presidente convidou o PSD para integrar a base aliada, com possibilidade de ocupação de vagas na Esplanada. O líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos, já garante que o sentimento da maioria dos políticos do PSD tende a apoiar a ida do partido para a base.

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