FHC dá apoio a Aécio que anuncia projeto para próximos 20 anos

Carlos Fehlberg

Mobilização tucana já começa por Belo Horizonte e com mais críticas ao governo.
"É importante ter candidatura" O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que o PSDB se aproxime mais do povo para vencer as eleições presidenciais em 2014 ao falar em Belo Horizonte apoiando Aécio Neves. Defendeu medidas adotadas em seu governo e fez críticas aos governos Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula dizendo, em seu entender, que “O Brasil está hoje sem rumo”. E propôs, falando ao Partido que ele se aproxime mais do povo para vencer as eleições em 2014. Além de defender medidas adotadas em seu governo, o ex-presidente fez várias críticas aos governos petistas, dizendo que “o país está sem rumo e observou que o governo passou a se imiscuir em tudo, cooptando organizações. O nome disso ainda é democracia, mas ela tem arranhões, sufoca o município, sufoca os Estados”. Para FHC, a Petrobras e o setor elétrico são exemplos dessa ocupação do Estado. E observou que o projeto de criação do PSDB tinha como motivação evitar o fisiologismo, mas assinalou que “o governo atual usurpou e deturpou o nosso projeto.”

Fernando Henrique “O país está sem rumo e observou que o governo passou a se imiscuir em tudo.”

O ex-presidente tucano também disse que é importante para o PSDB ter uma candidatura “mais dinâmica e mais jovem. Está se construindo uma candidatura. Não sei se haverá outros pré-candidatos do PSDB”, disse.

PT contesta
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia reagiu. E diz que a gestão FHC foi marcada por um "programa agressivo de privatizações de áreas estratégicas do país". E observou que aceita a disposição dele de retomar a comparação: “ Com certeza, o povo brasileiro vem comparando as realizações dos governos do PSDB e do PT. Queremos continuar essa comparação”, declarou o líder petista na Câmara.

Aécio anuncia projeto 20 anos
Acabou em clima de campanha o seminário tucano em Belo Horizonte. Aécio Neves anunciou que vai apresentar um projeto para os próximos 20 anos: “O PT optou por comemorar seus dez anos de governo olhando pelo retrovisor. Nós vamos apresentar um projeto para os próximos 20 anos do Brasil”, declarou o senador tucano.

Aécio disse ainda que seria portador de "novas ideias": "Temos que sacudir o país. Acho que é o momento de uma renovação. Até mesmo do estilo de falar, do estilo de pessoa".
Dilma na Convenção do PMDB
A presidente Dilma Rousseff decidiu ir à convenção nacional do PMDB no próximo sábado. Dilma conversou a respeito com o vice-presidente da República, Michel Temer e poderá falar na oportunidade. Pode ser mais uma demonstração de que a chapa entre eles deverá ser reeditada. No encontro, o PMDB poderá mudar o estatuto possibilitando que Michel Temer possa reassumir o cargo.

Dirceu quer ver todos os votos

Dirceu e STF
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, José Dirceu, pediu ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, que disponibilize a íntegra dos votos de todos os ministros antes da publicação do “Diário de Justiça” para que ele tenha tempo hábil para preparar recurso. Para justificar o pedido, Dirceu utilizou palavras do próprio Barbosa de que o julgamento “singulariza-se, entre outras coisas, pela sua complexidade e pela sua excepcional dimensão”, além de “elevado número de réus, inúmeros fatos a eles imputados e grande volume de provas”.

“Assim, diante da complexidade, ‘excepcional dimensão’ da presente ação penal, da exiguidade do prazo previsto para apresentação de embargos de declaração, requer seja autorizada a divulgação de votos escritos, antes da publicação”, escreveram na petição os advogados José Luis de Oliveira Lima e Rodrigo Dall´Acqua, que defendem Dirceu.

A conclusão é a de que a petição confirma que Dirceu vai entrar com recurso ao STF. O problema é que ele terá apenas cinco dias para fazê-lo, contados a partir da publicação da decisão.


Estatuto do partido de Marina Silva sai no Diário Oficial da União

“Rede” deve reunir mais de 500 mil assinaturas até setembro para ser oficializada.
A ideia da Rede é ser uma opção O estatuto do Rede Sustentabilidade, novo partido da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, foi publicado no "Diário Oficial da União" de ontem, terça-feira 26. Ele foi lançado no fim de semana em Brasília. Na ocasião, Marina afirmou que a sua candidatura à Presidência em 2014 ainda é uma "possibilidade". O partido ainda precisa reunir mais de 500 mil assinaturas até setembro para ser oficializado. Marina explica que a ideia da Rede é ser uma opção ao eleitor, acabando com a disputa entre duas forças políticas. "Nem direita, nem esquerda, estamos à frente", disse. "Estamos indo para o mundo do paradoxo".

A proposta do partido, segundo Marina, é "quebrar de fato o monopólio dos partidos na política. "Estamos num processo de desconstrução de que o partido tem monopólio da política, queremos quebrar isso. Os partidos não têm monopólio da política".

Um exemplo seria a proposta de oferecer até 30% do total de vagas nas eleições proporcionais para candidaturas cívicas independentes que serão oferecidas à sociedade para cidadãos não filiados e que não pretendam exercer vínculos partidários. Marina está otimista, assinalando que não tem receio de que a legenda não seja formalizada. "Essa vida real nós dá esperança para colher assinaturas porque vamos colher essas assinaturas em rede".

Reação no PSB
A cúpula do PSB reagiu à tentativa de provocar uma divisão do partido, a partir de uma possível dissidência de Cid e Ciro Gomes contra a candidatura de Eduardo Campos. Dilma e Lula tem encontros marcados em Fortaleza com governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes. O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque reagiu dizendo que estão subestimando a força do PSB e de Eduardo Campos: “Nós estamos preparados para o confronto e não vamos aceitar isso. O líder socialista, porém, não respondeu diretamente a Ciro Gomes: “Esse negócio de querer interferir na unidade do partido, eleger embaixadores para tentar dividir, vai funcionar ao contrário. Tem lideranças políticas no Brasil que estão subestimando o crescimento do PSB e seu direito de ter protagonismo”, disse Beto Albuquerque. Eduardo Campos vai desenvolver um amplo calendário e roteiro de debates em todo país, começando pelo Rio Grande do Sul, dias 8 e 9 de abril, quando falará para empresários.

Beto Albuquerque, líder do PSB: “Tem lideranças políticas no Brasil que estão subestimando o crescimento do PSB e seu direito de ter protagonismo”.

Collor eleito
O senador Fernando Collor foi eleito presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal para o biênio 2013/2014. O vice-presidente é o senador Sérgio Petecão.

Fim da ajuda de custo
A Câmara Federal deve votar esta semana a proposta que acaba com os 14º e 15º salários de deputados e senadores. A inclusão do projeto na pauta foi apoiada por todos os líderes partidários. “É uma decisão para o bem desta Casa”, diz o presidente da Câmara Henrique Alves. Líderes de todos os partidos assinaram um requerimento de urgência para votação da proposta que pode ser votado logo em Plenário.

Mensalão: Prazo
O ministro Ricardo Lewandowski vai respeitar o prazo regimental do STF para a entrega de seu voto sobre o mensalão. O prazo termina em 1º de abril e a entrega do voto por todos os ministros é necessária para a publicação do acórdão da decisão no “Diário de Justiça”. A partir do acórdão, começa a contar o prazo de cinco dias para os condenados entrarem com embargos.

Comando da CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado elegeu os senadores Lindbergh Farias e Sérgio Souza para presidente e vice-presidente. A Comissão deverá analisar nos próximos meses uma série de projetos com impacto nas relações federativas, como o rateio do Fundo de Participação dos Estados, a redução dos encargos das dívidas estaduais, a diminuição das alíquotas interestaduais do Imposto sobre o ICMS e a compensação pelas perdas causadas por esse novo arranjo.

Expectativa
Os presidentes do Senado e Câmara anunciaram que o Congresso iria aguardar uma decisão da Suprema Corte sobre o impasse em torno da análise dos 3 mil vetos presidenciais que estão na pauta do parlamento. O receio de que possam surgir questionamentos judiciais levou o Palácio do Planalto a pedir o adiamento da votação do Orçamento da União para 2013.

Em dezembro, Fux havia determinado que o veto presidencial ao projeto de distribuição dos royalties do petróleo só poderia ser analisado pelos parlamentares depois que o Congresso votasse os demais vetos pendentes na pauta da Casa.

Mesmo depois de Fux ressaltar que a decisão valia somente para os vetos e não afetava a votação do Orçamento, o governo decidiu adiar a votação do projeto de lei orçamentária para esperar uma decisão do plenário do tribunal.

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