PT confirma Dilma, Campos ganha tempo e Aécio retoma campanha

Quadro sucessório começa a se definir e campanha eleitoral vai sendo deflagrada.
Evento para lançar candidatura O PT planeja realizar um evento em São Paulo para confirmar a candidatura de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto, abrindo o debate diante da campanha à reeleição presidencial. Em comemoração aos dez anos do partido à frente do governo, a presidente discursará ao lado de Lula, mostrando unidade partidária. O PT projeta seminários em 13 capitais esperando ter na maioria a presença da presidente. O Partido concluiu que chegou a hora dela percorrer o país. O ato está sendo organizado pelo PT, Instituto Lula e Fundação Perseu Abramo e representa, na realidade, o ingresso para valer do Partido na campanha.

Documento traz balanç
No local do evento será apresentada uma espécie de balanço, de quinze páginas, sobre os últimos dez anos do PT no governo federal. O segundo evento será promovido em Fortaleza, no dia 28 de fevereiro. Em março, serão realizados eventos em Salvador e Rio de Janeiro. Lula projeta percorrer o país no primeiro semestre, com objetivo de reforçar as alianças para 2014.

E os outros?
Eduardo Campos também programa um roteiro pelas capitais. Sua estreia será no início de abril, quando participa de seminário com empresários em Porto Alegre. E com o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves dará início no primeiro semestre a uma série de viagens, mas antes realiza dois eventos: um em São Paulo e outro em Belo Horizonte.

E mais
Uma observação do governador Eduardo Campos dentro da estratégia a que se traçou: "o PSB não tem que fazer a discussão sobre 2014 durante 2013. O que precisamos agora é ajudar a presidente Dilma no Congresso e em seu esforço de retomar o crescimento econômico; não ficar se perdendo em conjecturas."
Razões de Campos
Algumas das razões admitidas por alguns correligionários do PSB, justificando a linha de ação: não interessa transformar Campos em foco prematuro de rivais; é preciso medir como evoluem a economia e a popularidade da presidente Dilma.

Eduardo Campos: "O PSB não tem que fazer a discussão sobre 2014 durante 2013.”

Ritmo de Aécio
Apesar da nova disposição do senador mineiro, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, criticou o atual ritmo de ação de Aécio Neves. Ele é até o momento a principal aposta do maior partido de oposição. O senador, porém, ainda quer convencer o partido a apoiá-lo de forma unificada. Em evento do PSDB em Brasília há algum tempo, Guerra chegou a defender que Aécio seria o presidente do Partido em 2013 e lançado como candidato à Presidência da República no ano seguinte. "Aécio é seguramente o candidato da grande maioria do PSDB.”

Tucanos paulistas

Enquanto isso, o PSDB paulista vai desenvolver um ciclo de palestras para discutir "novos rumos" da legenda e o primeiro a falar será o deputado Sérgio Guerra. Nos dias seguintes, as palestras serão de outras nove lideranças tucanas: o senador Aloysio Nunes; o deputado federal Carlos Sampaio; os deputados estaduais Fernando Capez, Ramalho e Carlos Bezerra Jr; os secretários estaduais Bruno Covas e José Aníbal; o ex-governador Alberto Goldman; e o ex-ministro Xico Graziano.

Agenda tucana
No encontro tucano as propostas de mudanças serão apresentadas em uma plenária marcada para acontecer em abril. Ao mesmo tempo, em Minas Gerais, o partido também fará um ciclo de palestra com objetivo de expor a experiência no governo do Estado e alavancar a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência em 2014. A primeira está marcada para o dia 25, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, falando sobre "Os desafios do Brasil no século 21".

Esclarecer situação Petrobrás

Petrobrás
A senadora Ana Amélia voltou a defender o comparecimento ao Congresso da presidente da Petrobras, Graça Foster, para esclarecer a situação da empresa. Para a senadora, as notícias de que a companhia estaria vendendo seus ativos na Argentina pode ser mais um indício das dificuldades enfrentadas pela Petrobras. Ana Amélia apresentou no início do mês um requerimento para que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado convide Graça Foster para uma audiência pública.

Reforma de Dilma
A presidente Dilma Rousseff poderá fazer em março uma reforma ministerial visando construir as bases de sua campanha à reeleição, em 2014. Nos últimos dias, Dilma teve várias reuniões reservadas para tratar da reforma na equipe. A ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, negou, porém, que a presidente esteja preparando uma reforma ministerial "neste momento". E informou que o esclarecimento foi dado devido às “insistentes demandas jornalísticas sobre eventual mudança nos comandos de ministérios”. E reiterou: “a presidenta não está fazendo nenhuma reforma ministerial neste momento”, reforçou ela em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.

Movimentação
Segundo a assessoria da Presidência, a agenda de Dilma na próxima semana está "ocupada com uma série de eventos”, como o anúncio de medidas do programa de transferência de renda Brasil Sem Miséria, nesta terça-feira, e a visita a Brasília do primeiro-ministro da Rússia, Dimitri Medvedev, na quarta-feira.

Nos últimos dias, a presidente conversou com o senador Blairo Maggi que é cotado entre os políticos para assumir o Ministério da Agricultura. E também com o ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que é presidente nacional do PDT. Quinta-feira recebeu no Palácio do Alvorada o vice-presidente da República, Michel Temer.

Orçamento e vetos
Líderes governistas devem reunir-se na Casa Civil da Presidência da República, para discutir duas preocupações do Executivo: o impacto nas contas públicas com a possível derrubada de vetos presidenciais e a insegurança jurídica que pode haver com a aprovação do Orçamento de 2013 antes de analisados os mais de três mil vetos que aguardam exame. A reunião será com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a secretária de Relações Institucionais, ministra Ideli Salvatti.

Segundo o líder do governo no Senado, Eduardo Braga sem manifestação do STF, a votação do Orçamento antes dos vetos pode gerar insegurança jurídica, motivando inúmeras ações judiciais. Na reunião também estarão na agenda os impactos nas contas do governo caso alguns dos vetos presidenciais sejam derrubados.

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